Todos nós, quando recorremos a um médico, procuramos aquele que é o mais profissional, o mais técnico, o mais experiente. Pretendemos que seja capaz de rapidamente efetuar o diagnostico correto e aplicar o tratamento adequado.
Contudo, e apesar de não serem as primeiras referências a termos em conta e a mencionarmos quando pedimos aconselhamento sobre o melhor profissional/especialista, temos sempre presente que queremos ser observados por uma pessoa com uma forte componente ética, humanista, empática e até simpática.
Como dizia Abel Salazar “O médico que apenas sabe medicina, nem medicina sabe”.
É preciso muito mais, é preciso estar presente a capacidade holística de ver o paciente como um todo, com todas as suas componentes, não só físicas, mas mentais, emocionais, comportamentais, sociais e culturais.
Princípios, direitos e deveres são componentes transversais que devem acompanhar, de forma consciente, todos os cidadãos de qualquer área profissional. Para os estudantes de medicina, tudo se inicia mais cedo, pois o seu ingresso no meio clínico, o contato diário com pacientes, familiares, profissionais de saúde e processos clínicos, exigem um leque aprimorado de competências e atitudes baseadas no respeito, na ética, no sigilo e no humanismo.
A Cerimónia da Bata Branca é um evento que tem por objetivo assinalar a transição dos anos básicos para os anos clínicos e incutir, fazer os alunos sentirem a importância da Ética, do Profissionalismo e do Humanismo na profissão médica. É emocionante, comovente e é isso mesmo que se pretende, pois é através das emoções que mais facilmente assimilamos informação.
Sim, repeti várias vezes as palavras HUMANISMO, ÉTICA, PROFISSIONALISMO e EMPATIA, e não foi uma falha literária, foi propositado!
Para concluir, citando Carl Jung, “O decisivo, não é o diploma médico, mas a qualidade humana”
by Marta Duarte