Por entre montes escarpados
Vagueiam seres envoltos em fantasia
Entre arbustos e árvores frondosas
Pelo teu manto extenso e verdejante
A água que corre incessante
Oh, a tua beleza é tão estonteante!
Um parque natural de reconhecimento universal
Enorme orgulho dos povos que por cá habitam
Da memória de todos, com certeza, faz parte
Os piqueniques e as caminhadas
Que só as tuas belas paisagens possibilitam!
Ar puro como nenhum outro
Dá saúde e bem-estar
Não há nada comparado com a tranquilidade
De ver as ovelhas a pastar
O seu balir e os chocalhos a tilintar.
Agora, choro por ti ó Serra!
Mantos negros de tristeza e de revolta
Se avistam no horizonte sem ter fim
Malditos dos que de luto te vestem
Que sem dó nem piedade fulminam
A alegria daqueles que te merecem!
Cá estaremos para te ver crescer
E brilhar com todo o fulgor
Esperando que as leis te protejam
E não se volte a repetir todo este terror!
Serra, linda Serra
Brilho do nosso Portugal
És vida, esplendor e alegria
Verdadeiramente, como tu não há igual!
Texto MD
Pode ser que este belo poema consiga o milagre de fazer pensar e fazer mudar a acção na reflorestação desta serra linda.
Há 30 anos quando ardeu a encosta da Covilhã, pensei nessa possibilidade e nada foi feito.
Vamos manter a esperança, pode ser que o bom senso impere!