Entre as vicissitudes da vida, muitas vezes deparamo-nos com desafios que parecem insuperáveis. Como psicóloga clínica, a minha missão é oferecer um farol de esperança e encorajamento a todos os que procuram um caminho para o bem-estar emocional.
Vivenciamos diariamente um cenário de conflito, de guerra, que nos entra em casa continuamente através da comunicação social. Observamos imagens aterradoras às quais nenhum ser humano consegue ser indiferente. Recebemos refugiados que foram obrigados a abandonar o seu país e que perderam tudo… tudo o que de mais importante temos na vida, a família.
Não estamos longe, não estamos à margem desta atrocidade, e somos, inevitavelmente, afetados pelo ambiente de medo, tristeza e preocupação que reina globalmente. Para além disso as consequências colaterais atingem-nos e temos de aprender a lidar com dificuldades económico-financeiras, sociais e culturais resultantes de um contexto de conflito internacional.
Não nos podemos considerar apenas espetadores, não podemos ficar de braços cruzados, temos sim, de adotar uma atitude ativa de solidariedade e de proteção, individual e coletiva, para enfrentar as adversidades da melhor maneira possível, preservando a sensação de bem-estar e a manutenção da saúde mental.
A jornada rumo à realização pessoal e equilíbrio interior é única para cada um de nós, repleta de altos e baixos, risos e lágrimas. No entanto, é fundamental lembrar que cada passo dado, independentemente de quão pequeno possa parecer, é uma conquista significativa.
A força interior reside dentro de cada indivíduo. É a chama que queima mesmo nas noites mais escuras e é a fonte de resiliência que nos permite enfrentar os desafios de cabeça erguida. Cultivar essa força requer paciência, aceitação das imperfeições e a compreensão de que o crescimento, muitas vezes, ocorre nos momentos mais desafiadores.
O autoconhecimento é uma ferramenta poderosa para a transformação. Reserve um tempo para explorar as suas emoções, compreender as suas motivações e reconhecer as suas conquistas, por menores que sejam. Este é o primeiro passo para construir uma base sólida de autoestima e confiança.
É igualmente importante lembrar que procurar apoio não é sinal de fraqueza, mas sim de coragem. Nós, seres humanos, somos seres sociais por natureza, e partilhar as nossas experiências e emoções fortalece os laços que nos conectam. Seja através de amigos, familiares ou profissionais de saúde mental, encontrar um espaço para expressar as suas preocupações pode ser um catalisador para a cura e para o bem-estar.
Às vezes, a vida apresenta-nos encruzilhadas, e a mudança pode parecer assustadora. No entanto, é nesses momentos de transição que descobrimos a nossa capacidade de adaptação e crescimento. Encarem os desafios como oportunidades para aprender, evoluir e redefinir o caminho.
A jornada rumo ao bem-estar é contínua, mas cada passo que derem na direção do autocuidado e autodescoberta é uma vitória. Permitam-se serem guiados pela luz da esperança, pois, mesmo nas tempestades mais intensas, há sempre um arco-íris à espreita.
Texto MD
Obrigado Marta.
Ninguém se devia alhear do que se passa no mundo. É esse o fundamento de quem se afirma democrata.
Há sempre pessoas que parecem estar alheios a tudo que se passa. Mas o que me custa muito aceitar é sinta essa atitude de pessoas e instituições com responsabilidades no campo das decisões para contrariar essas situações.
Claro que não sou indiferente.
Claro que me sinto por vezes, impotente e incapaz de cativar para a mudança.
Claro que tudo isso deixa marcas…
Mais uma vez obrigado.
Bjs