Tudo lá fora continua igual.
As pessoas falam, riem e apressam-se como sempre.
Mas de repente, sinto que tudo em mim ficou mais lento, mais silencioso.
 
O silêncio preenche os espaços onde antes havia uma voz.
Uma cadeira permanece no mesmo lugar, mas agora está vazia.
As memórias aquecem, mas também doem,
Porque serão sempre as mesmas, não haverá novas para contar.
 
Sei que os dias vão continuar a passar
Mas de repente, sinto que tudo em mim ficou mais lento, mais silencioso.

As pessoas dizem que vai passar,
que o tempo cura tudo.
Mas como é que o tempo pode preencher este espaço que ficou dentro de mim?

Às vezes fecho os olhos e imagino que ainda volta.
Talvez no vento que passa devagar.
Talvez nas estrelas que brilham à noite.
Talvez dentro do meu coração, de onde nunca partirá de verdade.

E agora? Agora aprendo a viver com a saudade.
A carregar no peito o amor que nunca se apaga.
E a acreditar que, de alguma forma, irá continuar a cuidar de mim.

Dizem que o tempo ajuda, que a dor acalma.
Mas e este vazio? Onde o coloco? Como o preencho?

Talvez com o brilho das estrelas, onde posso imaginar que me vê.
Talvez com as palavras que escrevo, como se através delas conseguíssemos falar.
Talvez no amor que carrego comigo, porque será sempre parte de mim.

E agora? Agora irei aprender a caminhar com a saudade.

Não virou uma estrelinha, mas brilhará para sempre em mim!

Texto de MD

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