Sou mulher.
Psicóloga, escritora, sensível por natureza… talvez por vocação.
Fui descobrindo que existe um lugar onde tudo é mais intenso, onde as emoções surgem e permanecem de forma avassaladora.
Ser mãe rasgou-me em partes.
Não digo isto com dor, mas sim, com reverência.
Ser mãe tornou-me o palco e os bastidores de uma peça que alia o riso solto e o silêncio ansioso…
Abraço e largo o medo que aperta o peito sem pedir licença.
Descubro emoções que não têm nome nos manuais, nem tradução nos livros.
Uma mistura entre o instinto e o eterno.
A alegria de um sorriso faz explodir o meu coração.
O medo do mundo visita-me sem bater à porta.
A dúvida senta-se ao meu lado no sofá, de vez em quando.
Mas é a esperança e o amor que dormem comigo todos os dias, e é com elas que acordo.
Foi como mãe que aprendi que emoção não é fraqueza… é sabedoria por lapidar.
Ser mãe ensinou-me que a vulnerabilidade é uma força poderosa.
E que o amor, quando nos preenche por completo, transforma-nos.
Nem sempre é leve… mas é libertador.
Hoje, mais do que psicóloga, mais do que escritora, sou uma mulher que sente.
E que sente muito.
Porque aprendi, que viver intensamente é um ato de coragem.
E eu escolho todos os dias sentir, amar, e viver com tudo o que há em mim.
