O primeiro ponto de vista é o do meu Eu. Eu como mãe.
O auto-orgulho de ter cumprido esse desejo, esse desígnio,
De ter gerado no meu ventre um Ser perfeito.
De ter conseguido garantir que a partir daquele dia,
Acordar diariamente para a vida faria muito mais sentido,
E o Sol iria brilhar sempre com mais intensidade.
Amor, dedicação, força, alegria,
Apoio, ensinamento e liberdade.
O colo, o abraço e as conversas,
Sobre o dia em irá embora.
A saudade será inevitável mas permanecerá a alegria
De o ver vencer na vida que o espera aí fora.
 
O segundo ponto de vista é no papel de Filha. Aqui falo da minha Mãe.
Como eu amo a minha Mãe!
Quem nunca ouviu, um dia na vida, alguém dizer
Quando fores mãe irás entender.
Parece tão frívolo e banal,
Mas de repente ganha outro sentido e o ditado torna-se real.
Passamos a valorizar o que parecia não ter importância
E o que faria eu agora se voltasse de novo à minha infância?
Mais beijos, abraços, valor e compreensão, eu daria com toda a certeza,
Como não posso voltar atrás, resta-me agora dizer,
Querida Mãe és para mim uma força da Natureza!
 
O terceiro ponto de vista é no papel de Neta. Aqui falo das minhas Avós.
Mães dos meus pais a quem eu muito devo.
Não consigo escrever sobre elas, sem ser confrontada pela saudade,
Memórias, lembranças e recordações,
Que me irão acompanhar até à eternidade.
Insisto em convencer-me que a separação é apenas física,
Pois os seus ensinamentos em nós ficaram impressos.
Vou conversando com as estrelas, sempre que preciso
De consolo, abrigo ou de partilhar os meus sucessos!

MD

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