Sinto um pouco de tudo.
Sinto um pouco de nada.
E nesse meio-termo, talvez esteja só a aprender… a escutar
A entender, aquilo que ainda não sei dizer.
Há silêncios em mim que fazem muito barulho.
E há palavras que me visitam, mas partem antes que as deixe entrar.
Talvez isso seja só crescer…
Aceitar a presença, do que chega sem pedir licença.
Às vezes, só queria uma pausa do mundo.
Um lugar onde não precisasse de me explicar.
Outras vezes, queria entender o sentido de tudo
Do que aparece como uma história, revista em filme mudo.
Queria o silêncio que acolhe, mas não o que me assusta,
Um tempo que passa sem me cobrar respostas.
Um sentimento que não me confunda,
Mas que me abrace, mesmo nas voltas mais sinuosas.
E talvez isso baste…
Não saber nada, mas sentir tudo.
Aceitar o caminho sem forma,
A beleza que existe no absurdo.
E mesmo sem certezas,
Seguir… com calma… com medo… com tudo.
Texto de MD
