Os olhos são a porta entreaberta
São os que observam cada intenção
Pressentem o mais puro intento
Que provoca o pulsar do coração.
Os olhos são…
A porta que se abre escancaradamente
Perante a humildade de um sorriso
São a porta que se tranca
Bloqueia, encerra e limita
Perante uma ameaça inaudita.
Os olhos são…
O espelho da alma
A janela dos sentimentos
O reflexo do coração
Os olhos são… a alma que transborda imensidão.
Texto de MD
Verdade.
Os olhos são tudo isso…
São certamente outras coisas que só o coração de cada pessoa pode sentir ou descobrir.
Ontem, escrevi que a foto que a Marta publicou como história, era uma das mais bonitas.
Nela o olhar é significativo.
O olhar prende, liberta e a cor, a penumbra da foto faz sonhar e mergulhar num mistério.
Já ontem, não pude deixar de recordar uma foto muito conhecida, publicada na capa de uma revista mundialmente conhecida.
Procurei e estabeleci comparações.
Encontrei muitas coisas em comum.
Encontrei também um texto que o autor da fotografia à criança afegã de doze anos, escreveu depois de ter reencontrado a mesma criança, já mãe de quatro filhos.
Transcrevo o texto, porque o poema da Marta me o fez recordar.
Aqui fica.
🌞
“A postagem de hoje talvez resuma-se em apenas uma frase ” a fotografia pode falar sem que nenhuma palavra seja pronunciada para que ela seja compreendida”.
🌞
“Digo isso porque a história por traz desta foto é bem interessante.
Você com certeza já viu esta foto né? Mas e a historia que há por traz dela? você sabe?
não!
então vamos conhecer.
Conhecida por menina afegã, a foto de Sharbat Gula foi tirada em uma escola que ficava no campo de refugiados Nasir Bagh no Afeganistão no ano de 1984 pelo fotógrafo McCurry.
Ele aproveitou o momento em que a garota estava sem burca e pediu para fotografá-la, até aquele momento Sharbat Gula nunca havia sido fotografada antes, as lentes de McCurry puderam capturar olhos verdes e expressivos que olhavam fixamente para a câmera, ele observou naquele olhar o sofrimento e a transparência de uma realidade tão sofrida por uma garota de apenas 12 anos.
Em 1985 a foto da menina afegã foi capa da National Geographic e acabou se tornando a fotografia mais conhecida da revista.
Ninguém sabia o nome dela, por isso ela era conhecida por menina afegã, por volta de 1990 o fotografo e a equipe da revista deram inicio a uma busca para tentar encontrá-la, foram muitas tentativas frustradas até localizarem a verdadeira menina afegã no ano de 2002, antes de ser divulgada a identidade dela, foi feito um exame na íris de Gula para confirmar a famosa “desconhecida” menina afegã.
Encontraram então uma mulher com 30 anos, já casada e mãe de quatro filhas morando em um vilarejo simples que ficava numa região montanhosa do Afeganistão.
Sharbat Gula não imaginava que estavam a sua procura por causa de uma fotografia, ela desconhecia toda a repercussão da foto e viu pela primeira vez o seu próprio retrato no dia em que foi localizada.
A história de Sharbat Gula acabou inspirando a National Geographic, que mais tarde criou um fundo de arrecadação em prol das mulheres afegãs.
Espero que tenham gostado!”
Sei que a Marta gostou de ler.
Realmente há olhares, mesmo que fugazes não precisam de dizer mais nada.
Obrigado pelo poema.
Noite tranquila.
😘🌞🤗